sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dona de casa é assassinada após recusar pedido do marido para esquentar o jantar em Araçuaí

Crime aconteceu na Rua Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Bela Vista. Mulher foi atingida por quatro disparos de arma de fogo.

Uma dona de casa de 36 anos foi assassinada na noite dessa quarta-feira, 1º de julho, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. O marido dela, Evandro Lopes da Cruz, de 42 anos, é o principal suspeito do crime.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), um filho de Zilda Ferreira da Cruz relatou que ela estava dormindo, quando seu pai chegou em casa por volta das 22 horas e pediu para que esquentasse a janta. Ao ter o pedido negado, o homem ficou irritado e efetuou alguns disparos de arma de fogo contra a esposa. Após cometer o crime, ele fugiu em um Fiat Strada de cor vermelha e ainda não foi localizado.
A Perícia Técnica da Polícia Civil foi acionada e constatou quatro perfurações no corpo, tendo como membros atingidos a cabeça, axila esquerda, braço esquerdo e cintura. Após os trabalhos de praxe, o corpo foi liberado e removido ao Instituto Médico Legal (IML) de Teófilo Otoni.
Durante os rastreamentos, a PM constatou que o autor havia abastecido o veículo em um dos Postos de combustíveis da cidade, em seguida, tomou rumo ignorado, provavelmente levando consigo a arma do crime. Rastreamentos continuam, porém, sem êxito até a manhã desta quinta-feira.
Agressões constantes
De acordo com levantamentos dos militares, a vítima teria passado uns dias na casa de parentes para fugir das constantes agressões do marido. Uma comerciante da cidade, que não terá o nome divulgado, relatou que o suspeito não deixava Zilda trabalhar fora. “Ela não saía para canto nenhum. Ela chegou a ir embora para Belo Horizonte, ele (o marido) fez de tudo para ela voltar e ela voltou”.
Zilda e o marido são naturais da cidade. A família dela mora na zona rural, onde os filhos estão. “Não é fácil, eles (filhos) estão traumatizados, estão muito sentidos”, contou Vilma Lopes Nunes, 50, irmã do suspeito.
Conforme a cunhada, Zilda não reclamava do companheiro. O casal estava junto há pelo menos 15 anos e ela trabalhava como faxineira, segundo Vilma. “Era uma mulher muito honesta. Eu sou irmã dele, mas estou do lado dela. Tem que ter Justiça. Se ele me procurar eu não vou dar cobertura”, garantiu.
A delegada Maria Aparecida Motta Martins, da Delegacia de Polícia Civil Araçuaí, instaurou inquérito e nesta manhã de quinta-feira (2) colheu depoimento dos filhos do casal e de uma irmã da vítima.
Conforme os meninos, os pais já estavam separados de corpos há cerca de 15 dias. Além disso, falaram que sempre que o pai chegava em casa obrigava a mãe a esquentar ou fazer o jantar para ele. Nessa quarta-feira, quando ela resolveu enfrentá-lo, ele ameaçou de matá-la, mas ela não acreditou e ele atirou.
Os garotos também afirmaram que o pai nunca tinha agredido a mãe fisicamente. O suspeito não tinha antecedentes criminais.
Fonte: O Tempo

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