quinta-feira, 21 de maio de 2015

Agente de Saúde mandou matar o marido em Araçuaí

Mulher confessou o crime e contou detalhes a Polícia. Suposto executor do crime está preso na Cadeia da cidade.

A agente de Saúde da prefeitura de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Ana Flávia Dias, 22 anos, confessou com frieza e com riqueza de detalhes em depoimento à Polícia Civil, que mandou matar o marido Jackson Sousa Pereira, de 29 anos, porque ele não queria se separar dela. A informação é do investigador Renato Soares Caetano.
A mulher foi presa por policiais militares, na casa onde mora no bairro São Francisco, no último domingo (17.05). Ela não ofereceu resistência.
Ana Flávia e o marido Jackson Sousa, morto a mando dela – Foto: Reprodução

O jovem suspeito de executar o crime, Uadson Nunes, de 20 anos, também está preso no Presídio de Araçuaí, onde Ana Flávia também se encontra em uma cela para mulheres. Ele nega participação no crime. Uadson também é suspeito de ser amante da agente de Saúde e é investigado por participação em furtos e roubos de motos na cidade.
A delegada Maria Aparecida Mota, que acompanha o caso deverá marcar uma acareação entre os dois. A data ainda não foi definida.
A Polícia acredita que a agente de Saúde premeditou o crime há pelo menos dois meses e que uma outra pessoa também pode estar envolvida. Novas diligências serão realizadas para o esclarecimento do crime. Ainda segundo a polícia, Ana Flávia negou ser amante de Uadson Nunes e de estar grávida dele.
Detalhes do crime
Durante depoimento à Polícia Civil, Ana Flávia contou que no dia do crime, ligou para Uadson, residente nas proximidades de um Posto de Saúde da Família (PSF), no bairro Pipoca, onde ela trabalhava há dois anos como contratada.
Segundo A Polícia Civil, Ana Flávia contou que o jovem combinou que deixaria um sinal na estrada onde ela deveria parar e entrar no matagal, para que ele pudesse executar Jackson.
O trato entre os dois seria a simulação de um roubo da moto que o motorista pilotava. Ana Flávia disse que entrou no matagal para não ver o marido ser assassinado. Ela disse ainda que não combinou o preço do serviço. A arma do crime, uma espingarda cartucheira, ainda não foi apreendida.
A família do motorista disse que está sendo apurada uma informação de que há dois meses, Ana Flávia procurou dois jovens para combinar a morte do marido por R$ 2 mil reais, mas que os rapazes não aceitaram fazer o serviço.
Jovem trabalhador
Motorista de uma madeireira da cidade, Jackson Sousa, foi morto com um tiro nas costas no dia 2 de maio depois de ter passado a tarde com a mulher, na casa da mãe dela, na zona rural do município.
Na versão contada à Polícia Militar no dia do crime, a mulher disse que quando voltava da casa da mãe, pediu que o marido parasse em um determinado ponto da estrada para que ela pudesse urinar. Ela entrou na mata e em seguida disse que ouviu uma moto se aproximar e um homem gritar “ passa a moto”. Na sequência ela ouviu um tiro, mas não quis ver o havia acontecido e que saiu em sentido contrário ao fato afirmando que ia buscar socorro. O motorista morreu no local mas o assassino não levou a moto, uma Honda 125.
Considerado marido dedicado e trabalhador pelos amigos e pela família, a morte de Jackson Santos repercutiu em vários jornais do Estado e será tema do programa Cidade Alerta com o apresentador Marcelo Resende.
A família de Jackson Santos está chocada com o crime e pede justiça. “Só Deus sabe o que estamos sofrendo. Ela arrancou um pedaço da nossa família. Se ela queria se separar, largasse ele, não precisava matar”, desabafou a viúva Sônia Regina de Aguiar, 50 anos e mãe de Jackson.
Dos três filhos, ele era o único homem. Ela contou que sempre foi mal tratada por Ana Flávia mas que não suspeitava de nada entre o casal. “Eles sempre foram carinhosos um com o outro”, disse dona Sônia.
A mãe do motorista confirmou que há 3 anos o casal se separou depois que Jackson descobriu uma traição da mulher. Apaixonado pela esposa, o motorista aceitou voltar para casa e que a mulher exigiu dinheiro para reatar o casamento.
A irmã de Jackson, Jaqueline Sousa Pereira, disse que ele era um homem calmo, trabalhador e muito apegado à família. “Ele nunca reclamou de problemas conjugais, talvez para não nos preocupar”, acredita a irmã.
A mãe e a irmã do motorista morto, exigem justiça – Foto: Gazeta de Araçuaí
Fonte: Gazeta de Araçuaí

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